14 de Novembro – Dia Nacional da Alfabetização

O Dia Nacional da Alfabetização foi instituído pelo decreto número 59.452, de 03/11/1966, assinado pelo presidente Castello Branco. A data 14 de novembro foi escolhida em homenagem a data do decreto que criou o ministério da Educação e Cultura. Em 1968, o presidente Costa e Silva assinou outro decreto, que conservou o dia da comemoração, mas alterou dispositivos para efetuá-la.

A alfabetização consiste no aprendizado do alfabeto e de sua utilização como código de comunicação. De um modo mais abrangente, a alfabetização é definida como um processo no qual o indivíduo constrói a gramática e suas variações. Esse processo não se resume apenas na aquisição dessas habilidades mecânicas (codificação e decodificação) do ato de ler, mas na capacidade de interpretar, compreender, criticar, resignificar e produzir conhecimento. A alfabetização envolve também o desenvolvimento de novas formas de compreensão e uso da linguagem de uma maneira geral. A alfabetização de um indivíduo promove sua socialização, já que possibilita o estabelecimento de novos tipos de trocas simbólicas com outros indivíduos, acesso a bens culturais e a facilidades oferecidas pelas instituições sociais.

Segundo pesquisa do IBGE de 2007, o Brasil possui cerca de 14 milhões de analfabetos entre pessoas com 15 anos de idade ou mais. Apesar do número preocupante, houve uma redução de 4,7% na taxa de analfabetismo dessa faixa etária, em relação ao ano de 1997. O Nordeste é a região com mais dificuldades na área, pois dos 14 milhões de cidadãos citados acima, 52% estão nessa região.

A pesquisa mostra também que o analfabetismo está diretamente ligado ao rendimento familiar, consideravelmente menor dentro de um grupo onde ele está presente. No campo, as estatísticas também preocupam. Com uma taxa de analfabetismo de 23,3%, quase três vezes maior do que na cidade, a zona rural ainda carece de políticas públicas que incentivem e promovam uma educação de qualidade.

Entre as crianças de 7 a 14 anos de idade, faixa etária que corresponde ao Ensino Fundamental, a grande maioria (97,6%) frequenta a escola . Esse número, no entanto, não significa qualidade do ensino, pois, ainda segundo a pesquisa, 2,1 milhões de crianças nessa idade que estão na escola não sabem ler e escrever.

Para acabar com o problema, especialistas defendem o aumento da qualidade na educação básica que cada cidadão deve receber durante a infância. Mais do que manter a frequência das crianças na escola é preciso que elas estejam aprendendo o conteúdo estipulado sem atrasos ou defasagens. No futuro, a qualidade do ensino se refletirá no aumento de possibilidades no mercado de trabalho e na capacidade de maior participação e envolvimento social.

Para quem não é mais criança, a solução pode estar nos programas de alfabetização e educação para jovens e adultos , frequentados, segundo o IBGE, por mais de 2,6 milhões de pessoas. O número ainda pode melhorar, mas já é um avanço. Nunca é tarde para estar em dia com a educação.

Fonte: Quiosque Azul / Jornal Cidade / TeleListas

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Published in: on 13/11/2013 at 01:44  Deixe um comentário  
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