10 de Junho – Dia da Artilharia

O Dia da Artilharia é comemorado anualmente em 10 de junho. A data é destinada a homenagear uma das mais importantes posições de um grupo militar: a artilharia. Este é o principal apoio de fogo das forças terrestres do Exército, que podem ser dotadas de canhões, foguetes ou mísseis.

Sua missão é apoiar a arma-base pelo fogo, destruindo ou neutralizando os alvos que possam ameaçar o êxito da operação. Igualmente é uma seção que demanda muito estudo, pesquisa e planejamento para que suas armas possam ser mais eficientes e assim cumprir o objetivo estabelecido.

O Dia da Artilharia é uma homenagem a figura de Emílio Luís Mallet (Émile Louis Mallet, no original em francês), conhecido como Marechal Emilio Mallet, o Barão de Itapevi. O dia da Artilharia é celebrado na data de seu aniversário, 10 de junho.

Mallet nasceu na França e veio para o Brasil com 17 anos. Cursou a “Imperial Academia Militar” e participou de inúmeras batalhas importantes na Guerra da Cisplatina, Revolução Farroupilha e Guerra do Paraguai.

Em todas as contendas que participou foi conhecido por ser um chefe idôneo, espírito reto e ordeiro, caráter impoluto e dinâmico, e tornou-se o Patrono da Arma dos tiros densos, longos e profundos. É considerado o Patrono da Artilharia no Brasil.

Fonte : Calendarr

 

 

Published in: on 08/06/2020 at 22:48  Deixe um comentário  
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5 de Maio – Dia Nacional das Comunicações

No dia 5 de maio é comemorado o Dia Nacional das Comunicações. A escolha da data é uma homenagem ao nascimento, em 1865, do marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, que levou as comunicações e o atendimento aos mais recônditos e distantes pontos do país, assegurando a união dos brasileiros.

Rondon nasceu em Mimoso, próximo a Cuiabá. Sua primeira missão importante, como Engenheiro Militar e Bacharel em Matemática e Ciências Físicas e Naturais, foi a de ajudante do General Gomes Carneiro, na construção da linha telegráfica de Cuiabá ao Araguaia. Em três meses foram estendidos 514 quilômetros de linhas telegráficas. Foi nessa ocasião que se viu atraído pela situação dos nossos índios.

Concluída a missão, foi convocado para o Rio de Janeiro. Pouco depois, embarcava para Cuiabá. Mais tarde continuava na sua lida de estender fios telegráficos e, ao mesmo tempo, tentar aproximar-se das tribos selvagens. De 1900 a 1906, foram estendidos 1.746.813 metros de fios telegráficos, no sertão de Mato Grosso. Graças aos seus esforços, e a sua boa vontade, os índios Terena e Quiniquinau, nas margens do Aquidauana, tiveram restituídas suas terras. Como os índios eram geralmente atacados como inimigos, Rondon criou e adotou o lema seguinte, nos seus contatos com os indígenas: “Morrer, se necessário for, matar, nunca”.

Em 1907, foi criada a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas de Mato Grosso ao Amazonas, tendo Rondon sido nomeado seu chefe. A finalidade era ligar aos centros do país à capital do território do Acre. Conseguiu a pacificação de várias tribos: Nhambiquara, Urimi, Kepiquiri, Caripuna, Apiacá, Arioqueme, Tacuetê etc.

Rondon mostrou-se sempre, em todas as circunstâncias, destemido, defensor dos índios. Sua ação era enaltecida dentro e fora do Brasil.

Teodoro Roosevelt, que teve Rondon como companheiro, numa expedição pelos sertões do Mato Grosso, escreveu depois: “O Coronel Rondon  tem, como homem, todas as virtudes de um sacerdote: é um puritano de uma perfeição imaginável, na época moderna; e como profissional, é tão cientista, tão grande é seu conjunto de conhecimentos, que se pode considerar um sábio…”

Em 1930, foi reformado no posto que ocupava, o General da Divisão. Mais tarde recebeu por lei especial a insígnia de Marechal.

Várias homenagens foram prestadas ao Marechal Rondon. Seu nome foi dado ao novo Estado que se chama Rondônia; o diploma de “Civilizador dos Sertões” foi-lhe conferido pelo IBGE, em 1939.

Seu nome foi inscrito no livro aberto aos visitantes da Sociedade Geográfica de Nova York, onde figuram apenas quatro nomes:
AMUNDSEN – o descobridor do Pólo Norte;
PEARRY – o descobridor do Pólo Sul;
CHARCOT – o explorador que penetrou mais profundamente em terras antárticas;
RONDON – o explorador que penetrou  mais profundamente em terras tropicais.

O decreto número 51.190, de 26 de abril de 1963, proclamou-o Patrono da Arma de Comunicações do Exército.

Fonte: CONSA

19 de Abril – Dia do Exército Brasileiro

Em 19 de abril comemora-se o Dia do Exército Brasileiro, cuja origem remonta ao século XVII, mais precisamente ao ano de 1648, quando houve reação às tropas estrangeiras que haviam se fixado em terras da região Nordeste do Brasil.

A riqueza representada pela produção açucareira daquela porção do território nacional motivou a cobiça das potências navais da época, culminando com a invasão do espaço físico brasileiro e a ocupação, desde 1630, de considerável extensão territorial de terras pernambucanas.

O sentimento nacionalista mobilizou homens e mulheres e uniu índios, brancos, negros trazidos do continente africano e mestiços, com objetivo de expulsar os invasores.

Nesse contexto, em 19 de abril de 1648, iniciaram-se os combates que passaram à história como as Batalhas dos Guararapes, onde o povo brasileiro em armas derrotou o inimigo experiente, dando origem à instituição do Exército Brasileiro.

Ao longo da sua história, o Exército serviu permanentemente à nação, contribuindo para a unidade nacional, a pacificação e a manutenção da integridade territorial do nosso país. Tem participado, com eficiência, de Forças Internacionais de Manutenção da Paz, sob a égide da Organização das Nações Unidas, comprovando sua vocação como uma força que está, como sempre, a serviço da paz.

Fonte: Políticos & Políticas

Published in: on 19/04/2020 at 00:31  Deixe um comentário  
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12 de Abril – Dia do Serviço de Intendência do Exército Brasileiro

O Exército Brasileiro comemora o dia do Serviço de Intendência em 12 de abril, data do nascimento do seu patrono, o Marechal Carlos Machado de Bittencourt, em justa homenagem a todos os seus integrantes.

Nascido em 1840, na cidade de Porto Alegre (RS), desde cedo Bittencourt mostrou pendor para o ofício das armas. Aos 17 anos assentou praça e, em rápida ascensão, galgou todos os postos, em uma brilhante carreira. Participou de inúmeras e importantes campanhas, entre as quais a Guerra da Tríplice Aliança, durante a qual alcançou a promoção ao posto de capitão por atos de bravura.

No ano de 1897, então ministro da guerra, entrou para a história do Exército por reestabelecer a capacidade operativa das tropas federais enviadas para combater os fanáticos insurretos da localidade de Canudos, na Bahia, após sucessivas derrotas sofridas em expedições anteriores.

Bittencourt percebera que a precariedade e ineficiência da cadeia logística, comprometia seriamente o desempenho das forças legais. Organizou e sistematizou o fluxo de suprimentos, bem como o transporte de material e pessoal, criando condições de debelar a revolta.

Em 5 de novembro de 1897, em cerimônia de recepção aos veteranos de Canudos, no Arsenal de Guerra do Rio, atual Museu Histórico Nacional, em ato heroico e altruísta, foi mortalmente ferido por arma branca ao defender o então Presidente da República, Prudente de Morais, de uma tentativa de assassinato.

O Serviço de Intendência tem sua gênese na necessidade natural de sobrevivência da espécie humana, traduzida como o suporte logístico em situações de guerra.

A história das civilizações, plena de conflitos armados, bem exemplifica o impacto da logística nas decisões e vitórias dos grandes comandantes militares da antiguidade aos dias atuais.

No Brasil, somente após a transmigração da Família Real Portuguesa para o Brasil em 1808, iniciou-se a organização de uma estrutura logística rudimentar, em virtude, ironicamente, da necessidade de defesa contra a ameaça napoleônica.

No período imperial, em especial durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), o país foi obrigado a estruturar uma cadeia logística de amplo espectro para apoio às operações do Marechal Luís Alves de Lima e Silva, o Marquês de Caxias, nomeado comandante das forças brasileiras.

A percepção da importância fundamental de um conjunto de ações de retaguarda, diretamente vinculadas ao sucesso dos combates, transformou o antigo conceito do combate, antes vinculado ao enfrentamento imediato, em capacidade de permanecer em condições de mantê-lo.

Na primeira década da República, as operações contra as revoltas internas no sul, Revolução Federalista (1893-1895), e na Bahia, Canudos (1896-1897), expuseram a fragilidade da atividade logística do Exército imperial, atenuada pela atuação de líderes incontestes como o Marechal Bittencourt.

Após a experiência europeia da I Guerra Mundial (1914-1918), consagrou-se a relevância dos apoios em suprimentos e serviços nos teatros de operações, embora ainda limitados e, em nosso país, por influência da Missão Militar Francesa (1919-1940), criou-se o Serviço de Intendência do Exército Brasileiro, responsável pela administração e logística.

Ressalte-se que, durante o período da II Guerra Mundial, a Força Expedicionária Brasileira (FEB) recebeu todo o apoio logístico necessário do V Exército dos Estados Unidos da América (EUA), ao qual fora subordinada.

A contínua evolução do Serviço de Intendência, de Bittencourt até os dias atuais, traduz-se tanto na estrutura organizacional, quanto na modernização dos processos e das tecnologias empregados para o transporte adequado de cada item específico de suprimento, no maquinário utilizado no desdobramento de cozinhas de campanha, no preparo de refeições no campo de batalha e na distribuição de diversificados tipos de rações operacionais.

Novas concepções, tais como a logística na medida certa (just in time) e a gestão da cadeia de suprimento (supply chain management) incorporaram-se às boas práticas preconizadas para um efetivo sistema logístico voltado para a guerra. Cumpre salientar, também, a incorporação das primeiras cadetes mulheres ao Curso de Intendência da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), futuras aspirantes em 2021.

No presente, a vertente administrativa do Serviço de Intendência evidencia-se no cotidiano das organizações militares (OM) nas atividades das Seções de Aquisição, Licitações e Contratos (SALC), responsáveis pelas aquisições e pelos contratos de prestação de serviços, e dos setores de aprovisionamento, de material e financeiro, responsáveis pela alimentação, pelo fornecimento de fardamentos e equipamentos.

A vertente de logística do serviço provê transporte e suprimentos indispensáveis às tropas em operações ou ao funcionamento das OM, inclusos alimentos, equipamentos, combustíveis, armamentos, munições e materiais de engenharia e saúde. Ocupa-se também de apoio ao moral da tropa pela disponibilização de assistência psicológica e religiosa, postos de banho e de lavanderia e apoio funerário.

Esse é o Serviço de Intendência que sustenta a tropa, ditando a permanência em combate. Tendo por lema “Sempre servir” e por distintivo a “Folha de Acanto”, símbolo da pureza e da honestidade, os integrantes da “Rainha da Logística” apoiam toda a instituição.

Fonte : Ministério da Defesa – Exército Brasileiro

 

Published in: on 12/04/2020 at 00:16  Deixe um comentário  
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2 de Outubro – Dia do Quadro Complementar de Oficiais do Exército

Criada em 5 de abril de 1988 a Escola de Administração do Exército (EsAEx), situada na capital baiana, forma o integrante do Quadro Complementar de Oficiais (QCO), que foi estabelecido pela Lei 7.831, de 2 de outubro de 1989 – daí o Dia do QCO ser comemorado em 2 de outubro.

Constituído por homens e mulheres com curso de nível superior, realizado em instituições civis, em áreas que sejam de interesse do Exército, o QCO atua como um importante agente na manutenção dos níveis de profissionalismo que garantem o poder de dissuasão ao Exército Brasileiro.

Maria Quitéria, por sua bravura foi escolhida para ceder seu nome ao QCO. Nascida no sítio Licorizeiro, em São José das Itapororocas, sertão da Bahia, em 27 de julho de 1792, Maria Quitéria de Jesus era filha de Gonçalo Alves de Almeida e Quitéria Maria de Jesus.

Sua vida começou a mudar quando tomou conhecimento da arregimentação de voluntários para a causa da independência. Maria Quitéria abandonou a casa paterna e seguiu para a casa de uma de suas irmãs, que lhe cortou os cabelos e cedeu-lhe roupas do próprio marido, de nome Medeiros.

E foi com esse nome que Maria Quitéria alistou-se. Primeiro num Regimento de Artilharia. Após batalhas em Conceição, Pituba, Itapuã e Barra do Iaraguaçu, entre outras, nas quais coragem, fibra e fé foram postas à prova, o “Soldado Medeiros”, por seguidos atos de bravura, passou a figurar nas referências elogiosas de seus superiores e comandantes.

Ferida em combate, sua condição feminina foi descoberta, mas, devido a seus bravos feitos, em vez de ser excluída das forças passou a ter o direito de usar o próprio nome. Soldado Maria Quitéria.

Logo após, começou a trajar um saiote por sobre as calças do uniforme e foi transferida para a Infantaria, alistando-se no “Batalhão Voluntários do Príncipe D. Pedro” como Soldado Maria Quitéria de Jesus. Com esse ato, sagrava-se, oficialmente, como a primeira mulher a assentar praça numa unidade militar no Brasil.

A Unidade em que estava incorporada a Soldado, assim como as demais que combatiam no Recôncavo Baiano, foram integradas à 1ª Divisão de Exército (1ª DE) quando da triunfal entrada na capital baiana. Com isso, quis o destino que Maria Quitéria integrasse o mesmo Grande Comando daquele que viria a ser Patrono do Exército Brasileiro.

Ao término da campanha pela manutenção da Independência do Brasil, Maria Quitéria seguiu para o Rio de Janeiro, onde foi recebida em audiência pelo Imperador D. Pedro I. Este lhe conferiu a medalha de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro e o soldo vitalício de Alferes de Linha.

A heroína veio a falecer em 21 de agosto de 1853. Mas teve sua coragem oficialmente reconhecida quando passou a integrar o panteão da História na condição de heroína da Independência do Brasil.

Por Decreto Presidencial de 28 de junho de 1996, foi a Paladina da Independência nomeada Patrono do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro.

Fonte: CMNE

qco

 

 

Published in: on 26/09/2016 at 00:20  Deixe um comentário  
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25 de Agosto – Dia do soldado

O Dia do Soldado é comemorado no dia 25 de agosto. A data, que tem por objetivo homenagear o trabalho dos membros do Exército Brasileiro, foi instituída em homenagem a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército brasileiro, nascido em 25 de agosto de 1803. Com pouco mais de 20 anos já era capitão. Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, lutou e defendeu o Brasil em confrontos externos e internos.

Soldado é uma graduação do fundo da hierarquia militar. O termo soldado deriva do latim solidarius – alguém que é pago para servir.

No Brasil o serviço militar é obrigatório por lei desde 1908. Ao completar 18 anos todo rapaz deve se cadastrar em alguma das forças armadas (Marinha, Exército ou Aeronáutica). Na estrutura do governo brasileiro estas estão integradas ao Ministério da Defesa e tem por objetivo a defesa dos direitos constitucionais.

A carreira de soldado proporciona ao jovem o aprendizado de valores como disciplina, organização, amor à pátria, solidariedade e perseverança, entre vários outros que orientam suas atividades dentro e fora do quartel.

O soldado exerce atividade em tempos de guerra e na manutenção da paz, dentro e fora do país. Presta auxílio à população em situações de calamidade.

Fonte: Educa Já

soldado

Published in: on 25/08/2013 at 01:18  Deixe um comentário  
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5 de Maio – Dia Nacional do Expedicionário

Comemora-se o Dia do Expedicionário em 05 de maio porque nesta data se comemora o fim da II Guerra Mundial.

A população do Brasil é marcada pela intensa miscigenação. Brancos, índios e negros, unidos pelo sentimento nacionalista, expulsaram o invasor estrangeiro e fizeram nascer a Força Expedicionária brasileira, cuja história confunde-se com a do próprio país. Após o “descobrimento” do Brasil, as camadas sociais pegariam em armas para protagonizar a luta pela sobrevivência e manutenção do território.

Misturando táticas de organização militar portuguesa com operações “não-oficiais”, formariam-se as bases do que viria a ser o Exército Nacional. Sua atuação foi decisiva para derrotar todas as tentativas de fragmentação territorial e social do País. Internacionalmente, nossos expedicionários foram responsáveis por inúmeras missões de paz bem-sucedidas.

Durante a II Guerra Mundial, na Itália, a FEB (Força Expedicionária Brasileira) fez uma campanha gloriosa, sem dever em nada a Nações militarmente mais tradicionais. Em ação, a força brasileira registrou mais de 400 baixas nas batalhas em Monte Castello, Montese e Fornovo: o difícil preço da garra e coragem de nossos pracinhas.

A partir dos anos 60, o exército passou por uma reformulação tecnológica,acompanhando o ritmo da crescente industrialização brasileira, o que permitiu oferecer às tropas armamentos e equipamentos projetados e fabricados por indústrias nacionais. Além disso, foi renovado o sistema de instrução e foram feitas as atuais divisões de exército e brigadas, combinações de tropas mais leves e flexíveis, para melhor adaptarem-se às peculiaridades do ambiente brasileiro.

Canção do Expedicionário – de Guilherme de Almeida

Você sabe de onde eu venho?
Venho do morro, do engenho,
Das selvas, dos cafezais,
Da boa terra do coco,
Da choupana onde um é pouco,
Dois é bom, três é demais,
Venho das praias sedosas,
Das montanhas alterosas,
Dos pampas, do seringal,
Das margens crespas dos rios,
Dos verdes mares bravios
Da minha terra natal.
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.
Você sabe de onde eu venho ?
E de uma Pátria que eu tenho
No bôjo do meu violão;
Que de viver em meu peito
Foi até tomando jeito
De um enorme coração.
Deixei lá atrás meu terreno,
Meu limão, meu limoeiro,
Meu pé de jacaranda,
Minha casa pequenina
Lá no alto da colina,
Onde canta o sabiá.

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

Venho do além desse monte
Que ainda azula o horizonte,
Onde o nosso amor nasceu;
Do rancho que tinha ao lado
Um coqueiro que, coitado,
De saudade já morreu.
Venho do verde mais belo,
Do mais dourado amarelo,
Do azul mais cheio de luz,
Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
Fazendo o sinal da Cruz !

Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá;
Sem que leve por divisa
Esse “V” que simboliza
A vitória que virá:
Nossa vitória final,
Que é a mira do meu fuzil,
A ração do meu bornal,
A água do meu cantil,
As asas do meu ideal,
A glória do meu Brasil.

Fonte: Exército Brasileiro / Suacara / Letras Terra

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