10 de Junho – Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas

A data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580 é utilizada para relembrar os feitos passados. Até 25 de abril de 1974 era conhecido como o Dia de Camões, de Portugal e da Raça.

O mundo que fala português (chamado lusófono) tem atualmente cerca de 250 milhões de pessoas e no Brasil estão 80% desses falantes. O português é a língua oficial em Portugal, Ilha da Madeira, Arquipélago dos Açores, Brasil, Moçambique, Angola, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, é a quinta língua mais falada do planeta e a terceira mais falada entre as línguas ocidentais, atrás do inglês e do castelhano. Seu ensino virou obrigatório nos países que compõem o Mercosul.

Não oficialmente, o português também é falado por uma pequena parte da população em Macau (território chinês que foi até 1999 administrado pelos portugueses); no estado de Goa, na Índia (que foi possessão portuguesa até 1961) e no Timor Leste, na Oceania (até 1975 administrado pelos portugueses, quando então foi tomado pela Indonésia, atualmente é administrado pela ONU).

O fato de a língua portuguesa estar assim espalhada pelos continentes deve-se à política expansionista de Portugal, nos séculos XV e XVI, que levou para as colônias essa língua tão rica, que se misturou a crenças e hábitos muito diversos, e acabou simplificada em vários dialetos. São chamados de crioulos os dialetos das colônias europeias de além-mar.

Luís Vaz de Camões foi um célebre poeta de Portugal, considerado uma das maiores figuras da literatura em língua portuguesa e um dos grandes poetas do Ocidente.

Pouco se sabe com certeza sobre sua vida. Aparentemente nasceu em Lisboa, de família da pequena nobreza. Sobre sua infância tudo é conjetura, mas ainda jovem, teria recebido uma sólida educação nos moldes clássicos, dominando o latim e conhecendo a literatura e história antigas e modernas. Pode ter estudado na Universidade de Coimbra, mas sua passagem pela escola não é documentada. Frequentou a corte de Dom João III, iniciou sua carreira como poeta lírico e se envolveu, como narra a tradição, em amores com damas da nobreza e possivelmente plebeias, além de levar uma vida boêmia e turbulenta. Diz-se que por conta de um amor frustrado se autoexilou na África, alistado como militar, onde perdeu um olho em batalha. Voltando a Portugal, feriu um servo do Paço e foi preso. Perdoado, partiu para o Oriente. Passando lá vários anos, enfrentou uma série de adversidades, foi preso várias vezes, combateu bravamente ao lado das forças portuguesas e escreveu a sua obra mais conhecida, a epopeia nacionalista Os Lusíadas.

De volta à pátria, publicou Os Lusíadas e recebeu uma pequena pensão do rei Dom Sebastião por seus serviços prestados à Coroa, mas em seus anos finais enfrentou dificuldades para se manter. Logo após a sua morte a sua obra lírica foi reunida na coletânea Rimas, tendo deixado também três obras de teatro cômico. Enquanto viveu queixou-se várias vezes de alegadas injustiças que sofrera, e da escassa atenção que sua obra recebia, mas pouco depois de falecer sua poesia começou a ser reconhecida como valiosa e de alto padrão estético por vários nomes importantes da literatura europeia, ganhando prestígio sempre crescente entre o público e os conhecedores e influenciando gerações de poetas em vários países.

Camões foi um renovador da língua portuguesa e fixou-lhe um duradouro cânone; tornou-se um dos mais fortes símbolos de identidade para a sua pátria e é uma referência para toda a comunidade lusófona internacional. Hoje a sua fama está solidamente estabelecida e é considerado como um dos grandes vultos literários da tradição ocidental, sendo traduzido para várias línguas e tornando-se objeto de uma vasta quantidade de estudos críticos.

Fonte: IBGEteen / Wikipédia

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