4 de Março – Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV – International HPV Awareness Day

A Sociedade Internacional de Papilomavírus (IPVSoc, na sigla em inglês) celebra em 4 de março o Dia Internacional de Conscientização sobre o HPV. A iniciativa, liderada no Brasil pelo Instituto de Câncer de São Paulo (Icesp), conta com vídeos, uma lista de perguntas frequentes e o esclarecimento de fake news sobre o tema.

HPV é o “papilomavírus humano”. Infecta pele e mucosas de homens e mulheres em qualquer idade. Existem cerca de duzentos tipos de HPV. Alguns tipos de HPV podem causar verrugas e cânceres no colo do útero, vulva, pênis, ânus, boca e garganta.

O HPV é transmitido através do contato direto com pele e mucosas. Os tipos de HPV que infectam a região genital e anal, boca e garganta são transmitidos principalmente através do contato sexual. Atualmente, a infecção por HPV é a infecção sexualmente transmissível (IST) mais frequente.

No Brasil o Programa Nacional de Imunizações (PNI) disponibiliza a vacinação gratuitamente para meninas de 9 a 14 anos, meninos de 11 a 14 anos e pacientes de ambos os sexos com HIV/Aids, oncológicos e transplantados de 9 a 26 anos.

Os preservativos reduzem parte das infecções porque protegem apenas parcialmente a pele da região genital. O uso de preservativo em todas as relações, durante todo o tempo, reduz o risco de transmissão de HPV em cerca de 70%. Porém, não usar preservativos aumenta em muito o risco de infecções de transmissão sexual incluindo o HPV e outras como HIV/Aids, sífilis, gonorreia, clamídia, etc.

International HPV Awareness Day (IHAD) is a global observance that focuses on raising awareness about HPV, a group of related viruses that can lead to various types of cancer and other health concerns. The day underscores the importance of prevention, early detection, and treatment of HPV-related conditions, emphasizing the role of vaccination in reducing the spread of the virus.

IHAD is observed annually on March 4th. On this day, healthcare professionals, advocates, and communities come together to share knowledge and resources about HPV and its implications.

Fonte : Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) / Awareness Day

IST – Infecções Sexualmente Transmissíveis

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Elas são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina, com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

O tratamento das pessoas com IST melhora a qualidade de vida e interrompe a cadeia de transmissão dessas infecções. O atendimento, o diagnóstico e o tratamento são gratuitos nos serviços de saúde do SUS. A terminologia Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotada em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. Se não tratadas adequadamente, podem provocar diversas complicações e levar a pessoa, inclusive, à morte.

Existem diversos tipos de infecções sexualmente transmissíveis, mas os exemplos mais conhecidos são: Herpes genital; Cancro mole (cancroide); HPV; Doença Inflamatória Pélvica (DIP); Donovanose; Gonorreia e infecção por Clamídia; Linfogranuloma venéreo (LGV); Sífilis; Infecção pelo HTLV; Tricomoníase.

As IST podem se manifestar por meio de feridas, corrimentos e verrugas anogenitais, entre outros possíveis sintomas, como dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.

As IST aparecem, principalmente, no órgão genital, mas podem surgir também em outras partes do corpo (ex.: palma das mãos, olhos, língua).

O corpo deve ser observado durante a higiene pessoal, o que pode ajudar a identificar uma IST no estágio inicial. Sempre que se perceber algum sinal ou algum sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, independentemente de quando foi a última relação sexual. E, quando indicado, avisar a parceria sexual.

Algumas IST podem não apresentar sinais e sintomas, e se não forem diagnosticadas e tratadas, podem levar a graves complicações, como infertilidade, câncer ou até morte.

Por isso, é importante fazer exames laboratoriais para verificar se houve contato com alguma pessoa que tenha IST, após ter relação sexual desprotegida – sem camisinha masculina ou feminina.

O uso da camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/aids e das hepatites virais B e C. Serve também para evitar a gravidez.

Importante ressaltar que existem vários métodos para evitar a gravidez; no entanto, o único método com eficácia para prevenção de IST é a camisinha (masculina ou feminina). Orienta-se, sempre que possível, realizar dupla proteção: uso da camisinha e outro método anticonceptivo de escolha.

A camisinha masculina ou feminina pode ser retirada gratuitamente nas unidades de saúde.

Quem tem relação sexual desprotegida pode contrair uma IST. Não importa idade, estado civil, classe social, identidade de gênero, orientação sexual, credo ou religião. A pessoa pode estar aparentemente saudável, mas pode estar infectada por uma IST.

A prevenção combinada abrange o uso da camisinha masculina ou feminina, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as PVHIV, redução de danos, entre outros.

Cada IST apresenta sinais, sintomas e características distintos. São três as principais manifestações clínicas das IST: corrimentos, feridas e verrugas anogenitais.

As principais características, de acordo com os tipos de infecções sexualmente transmissíveis, são:

-Aparecem no pênis, vagina ou ânus;

-Podem ser esbranquiçados, esverdeados ou amarelados, dependendo da IST;

-Podem ter cheiro forte e/ou causar coceira;

-Provocam dor ao urinar ou durante a relação sexual;

-Nas mulheres, quando é pouco, o corrimento só é visto em exames ginecológicos;

-Podem se manifestar na gonorreia, clamídia e tricomoníase.

O corrimento vaginal é um sintoma muito comum e existem várias causas de corrimento que não são consideradas IST, como a vaginose bacteriana e a candidíase vaginal.

As IST ocorrem com alta frequência na população e têm múltiplas apresentações clínicas. No que diz respeito ao diagnóstico das IST, a anamnese, a identificação das diferentes vulnerabilidades e o exame físico constituem-se como elementos essenciais. Durante o exame físico, deve-se proceder, quando indicado, à coleta de material biológico para a realização de testes laboratoriais ou rápidos.

A abordagem sindrômica, que se baseia nos aspectos clínicos para classificar os principais agentes etiológicos e definir o tratamento sem o apoio de testes laboratoriais ou rápidos, não possui cobertura completa nos diferentes aspectos das IST. Dessa forma, sempre que possível, os testes laboratoriais ou rápidos devem ser utilizados para auxiliar na definição do diagnóstico. Além disso, sempre que disponíveis no serviço, devem ser realizados exames para triagem de gonorreia, clamídia, sífilis, HIV e hepatites B e C.

Atualmente, o Ministério da Saúde vem incentivando a realização do teste rápido como importante estratégia de saúde pública na ampliação do diagnóstico. De maneira particular, os testes rápidos são testes nos quais a execução, leitura e interpretação do resultado ocorrem em, no máximo, 30 minutos, sem a necessidade de estrutura laboratorial. Podem ser realizados com amostras de sangue total obtidas por punção digital ou punção venosa, e também com amostras de soro, plasma e fluido oral.

Fonte : Ministério da Saúde